segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Projeto: Para não dizer que não falei das flores: Orquídeas...



Na semana passada publiquei um texto denominado “Para não dizer que não falei das flores”. Uma referência à canção de Geraldo Vandré, que se transformou símbolo de resistência na década de 1970 frente à ditadura militar. Recordando um pouco o que foi dito no texto, fiz uma reflexão sobre as diferenças existentes em cada pétala que compõem uma rosa. A rosa, para ter sua unidade e unicidade, faz com que cada pétala acolha umas às outras, se abracem em suas diferenças e respeitem essas diferenças. Esta seja, talvez, uma das lições mais importantes da Rosa e podem nos servir de inspiração para com as nossas relações do dia a dia com os outros (que são pétalas únicas e diferentes). Caso queira ler este texto é só acessar o meu blog (www.phonteboa.blogspot.com.br).
No entanto, resolvi desenvolver um pouco mais sobre as flores e criei o Projeto “Para não dizer que não falei das flores”. Este projeto tem como objetivo apresentar uma série de textos referentes as mais diversas flores, buscando conhecer não só a sua história, mas de modo particular o que elas nos trazem, a nós humanos, de reflexão para o nosso dia a dia em nossos relacionamentos. Afinal, nós humanos, somos os únicos capazes de fazer esta reflexão. Como eu já disse da Rosa, ela foi a primeira a ser abordada neste Projeto. Hoje quero falar da flor símbolo de nosso município: a orquídea.
Como você já deve saber, há várias espécies de orquídeas, em suas diversas cores, formatos, tamanhos: todas belas! Mas a orquídea símbolo de Itaúna é da espécie Cattleya Walkeriana. Esta orquídea tornou-se símbolo da cidade através da lei nº 3.551, de 27 de junho de 2000, e a justificativa para esta instituição é de que esta espécie é nativa em nossa região. Através desta lei, esta orquídea será a referência representativa que poderá ser utilizada em documentos oficiais, devendo, inclusive ser protegida e seu cultivo incentivado pelo poder público. Nesta mesma lei ficou instituído que o dia 1º de maio (início do mês de sua floração), será o dia da Cattleya Walkeriana. Maiores informações sobre esta lei, acesse o portal da prefeitura de Itaúna (www.itauna.mg.gov.br) e no menu “Município – Símbolo e Hino” você terá acesso completo a esta lei.
Fazendo uma pesquisa na internet, e como não pode deixar de ser, o Wikipédia diz o seguinte: “Cattleya walkeriana foi descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.”
Em outra fonte (https://www.orquidarioimirim.com.br/orquideas/cattleya-walkeriana) encontrei a seguinte descrição:
“Essa é uma das espécies do gênero Cattleya que tem com certeza a mais acalourada parte da orquidofilia, as Cattleyas walkerianas tem alto valor pela qualidade da flor e suas variedades, chegando a valores bem  elevados.
A Cattleya walkeriana, é uma espécie epífita ou rupícola, apreciada em todo o Mundo, mas com especial atenção é o Japão um dos maiores consumidores das plantas de alto padrão e qualidade, muito que se tinha ou tem de qualidade é exportado para os colecionadores desse País, que pagam alto valor conforme a variedade e qualidade.
Outro grande atrativo da espécie é também o perfume, muito agradável, enfim é uma planta para quem tem pouco espaço, quer variações em cores e perfume, é a Cattleya walkeriana, nativa em diversos estados, podemos dizer que não se é uma planta de difícil cultivo, é importante prestar atenção no desenvolvimento e descobrir seu cultivo, em seu local, em tempos atrás se praticavam coletas predatórias, exterminantes, Crime Ambiental, Crime à Natureza, Crime Contra Nós... hoje já não mais, muitos cruzamentos e meristemas de alta qualidade que se fez isso ser do passado, agora cabe reparar os erros.”
Assim cabe aqui algumas reflexões e desmistificações. Muita gente acredita que as orquídeas são plantas parasitas. O que não é verdade. As orquídeas, geralmente utilizam-se das árvores para apoio em sua busca de luz na quantidade necessária e suficiente. Elas não se nutrem das árvores, elas se nutrem de materiais em decomposição que caem das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes. Assim, nem tudo é o que parece. As orquídeas parecem parasitas, mas não são. Se o fossem seriam “ervas daninhas”. As orquídeas não sugam de suas bases de sustentação o seu alimento, muito pelo contrário, nutrem-se do que já não mais serve à arvore. Assim as orquídeas podem nos servirem de inspiração para estes momentos de crise moral (nas mais diversas áreas) que estamos vivendo. Para continuarem belas e saudáveis é preciso cuidar de sua base de sustentação, apoiar nas árvores sem matá-la ou enfraquecê-las. Lembrem-se que algumas espécies de “ervas daninhas” também dão flores e frutos... mas aos poucos eliminam suas bases de sustentação e, antes de morrerem, atraem os pássaros ou outros animais para migrarem-se para novos lugares. Quantos de nós somos orquídeas? Quantos parecem orquídeas, mas são “ervas daninhas”? E que tal cultivar orquídeas em cada árvore da Praça Dr. Augusto Gonçalves de Souza?! Assim, no mês de maio, mês de Maria e das mães, teríamos a nossa flor símbolo a enfeitar a nossa cidade!   

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