Não temos hora, não temos a obrigação do tempo... Esta é a plena liberdade... Não me cobro nada... poderia ter feito assim, ou feito antes... isso não importa. O que importa é o que foi possível ser feito hoje, aqui, agora... nada mais...
Não temos obrigação com nada... somos livres para escolher o que, o quando, o quanto... Esta é a verdadeira liberdade. E então, chegou o momento de voltar e fazer o que queremos fazer, do jeito que queremos e principalmente com o prazer de fazer.
Quanto a qualidade do que foi feito, também não haverá cobranças... a qualidade é uma característica... nada mais. Não é um imperativo. Não é um qualificador. O que queremos é nos comunicar... é despertar no outro emoções e sentimento, ou gerar uma nova perspectiva do que estejamos acostumados a ver... com qual intensidade? Não sabemos precisar. Apenas apresentamos o que vem de dentro, com sinceridade e com a vontade de contribuir... só isso e tão somente só.
Usamos de nossas palavras para fazer fluir...
E então, os versos chegam e invadem nossos espaços
e surge o poema.
e surge a poesia...
LIXO ADÃO
Separo o lixo humano
E reciclo a vida
Sem pressa,
Sem pressa,
Mas com resignação.
Com a liberdade
E com a calma
Do recomeço.
E com as águas de meus
olhos,
Já quase mortos,
Faço o barro...
De um novo Adão.