domingo, 14 de outubro de 2012

O Palhaço


Não quero ser nada mais na vida,
pois sou palhaço.
Meu viver é aprender a rir de mim mesmo.
Não quero mudar o mundo,
quero apenas rir do meu mundo.

E se você sentir vontade de rir do meu mundo
pode ficar à vontade...
afinal, sou palhaço...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012


E agora, tudo acabou?


Pronto, o pleito eleitoral está definido. Temos um novo chefe do executivo e uma nova Câmara Legislativa. Tudo ainda é alegria, é festa. Para outros decepção, tristeza. No entanto, ninguém perdeu, apenas não ganhou... Esta etapa do processo político terminou, mas agora é que de fato começa a festa da democracia.
Para muitos o retorno de Osmando Pereira significa o mais do mesmo, ou ainda uma perpetuação de uma situação, de um determinado grupo político, de uma certa continuidade. Mas há também os que acreditam que há um novo momento e que a eleição de Osmando representa um novo tempo, isso por quê os tempos são outros, os desafios outros, e até mesmo os partidos que compõe o poder político é também outro.
Mas independente de que lado você possa estar, uma coisa é certo. Agora está no momento de iniciarmos a estratégia do acompanhamento. De perceber como estes candidatos neoeleitos vão se comportar. Que medidas vão adotar, sua postura ética, seus compromissos de campanha, seus projetos e seu desempenho como homens públicos. Não é hora de pedir favores, de buscar um posicionamento a determinados cargos públicos.
O desafio maior do cidadão, do eleitor, não é o processo eleitoral. Ele é o mais simples e passageiro. O maior desafio é o acompanhamento dos que foram eleitos, isso porque a maioria dos eleitores não sabem como proceder, não conhece os mecanismos de fiscalização, e a grande maioria tenta ao longo do tempo de mandato tirar proveito pessoal no relacionamento dos políticos eleitos. Desvencilhar da tradição do famoso “jeitinho” brasileiro não é fácil. Assim, os pedidos pessoais, numa relação direta com cada vereador eleito, ou com o prefeito ou vice-prefeito representa uma verdadeira e difícil opção a ser vencida e/ou negada. Isso mesmo, é preciso abrir mão desta opção e passarmos a pensar na coletividade, um exercício difícil e enraizado em nossa cultura.
Além disso há ainda outro desafio ainda maior e bastante especifico. Saber esperar por decisão a curto, médio e longo prazo. Isso porque a situação em que se encontra a cidade será um desafio enorme a quem vai assumir sua administração. Infelizmente será preciso um tempo significativo para “arrumar a casa”.  Esta situação nos leva a pensar sobre a validade do artifício da reeleição. Acredito que o país não está preparado para este mecanismo de perpetuação no poder, visto que mandatos consecutivos têm demonstrado desastrosas. Esperamos que o novo prefeito eleito consiga o mais rápido possível colocar as coisas em ordem, e não alvore um  novo mandato, sem antes mesmo de cumprir o primeiro. A renovação é necessária e acreditamos ser o mais democrático.
Também será necessário que a Câmara Legislativa ser reorganize, que os novos vereadores se adaptem o mais rápido possível ao processo próprio do legislativo. Que conheçam bem suas funções e o que a população esperam deles, mas que não confundam isso com inércia e subserviência. E preciso transparência, ideoneidade e, principalmente, posicionamentos firmes e concisos, e que rompam com tentação de se venderem por ninharias próprias do poder.
E, agora que recomeça o trabalho de um novo tempo, de um novo tempo para a democracia, e a participação dos cidadãos é essencial. Não basta votar, é preciso acompanhar os eleitos... então, tudo começou...ou melhor, recomeçou.

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Chegou a hora... e agora?!

 

Eleições é sempre um momento de decisões. Centenas de candidatos a vereador pediram nossos votos, alguns fizeram belos discursos na entrega dos chatos “santinhos”. Minha caixa de correspondência nunca esteve tão cheia! Alguns inovaram com imã de geladeira, outros com correspondência comercial, outros com propostas descabidas e outros ... nem convém comentar.
Grande parte dos candidatos ao cargo de vereador, pelo que demonstraram em suas campanhas, nem sabem a função do vereador..., seguiram o exemplo de muitos que não sabem o que é, mas votem em mim, pois quero saber... Ficou evidente também que muitos candidatos aproveitaram o momento para ficar longe do trabalho, sabiam que não tinham a mínima condição de se eleger, mas como ocupam cargo público, durante a campanha não trabalharam, mas tiveram seus vencimentos assegurados pela lei... e vamos ver o que vai dar!  E então, caro eleitor? Que critérios você vai utilizar para escolher em quem votar? Ao seu amigo de bairro, ao seu colega de infância, à fulana que já faz atividade voluntária, ao que lhe deu um kit de beleza e que tomou um cafezinho em sua casa? O que vai nortear sua escolha? Ouviu alguma proposta interessante? Há sinais de projetos para a cidade? Qual seria a postura de seu candidato na fiscalização do executivo? Os interesses pessoais serão preponderantes na escolha de seu candidato, ou os interesses coletivos ou de classe?
E os candidatos para o cargo majoritário (prefeito)? Em Itaúna concorrem três candidatos. Cada um tem uma proposta mais ou menos definida, embora haja pontos semelhantes... e aconteceu tanta coisa durante esta campanha: queima de faixas, colagem de adesivos em outdoor de adversários, desrespeito e falta de educação de candidatos, abraços, tapinha nas costas, cumprimentos e mais cumprimentos...até manipulação de resultados de pesquisas, de opiniões de autoridades eclesiásticas sem a devida autorização, falatório e mais falatório, ânimos alterados dos dois lados... tudo faz parte da disputa... nunca vi tanta gente cizuda com tanto sorrisos nos lábios, nunca vi tanto vigor em pessoa de idade, tudo para conquistar o voto do eleitor... e, afinal, estão aí. Ideias foram divulgadas, outras copiadas, outras ganharam roupagem nova... o jogo foi disputado e sobrou pra todo mundo...e novamente as perguntas devem ser refeitas. Que critérios você vai utilizar para escolher em quem votar? Ao seu amigo de bairro, ao seu colega de infância, em fulano, que já velho na vida política, acredita que a proposta é nova, ou o velho que tem experiência, ou ainda o desconhecido? Será naquele que tomou um cafezinho em sua casa? Que deu aquele abraço e ainda te chamou pelo nome?! O que vai nortear sua escolha? Ouviu alguma proposta interessante? Há sinais de projetos para a cidade? Os interesses pessoais serão preponderantes na escolha de seu candidato, ou os interesses coletivos ou de classe?
No próximo domingo vamos às urnas. Somos obrigados por lei. Não faça dela um lugar de desabafo! Vote consciente e de modo honesto. Não revele seu voto para ninguém, nem tampouco venda o seu voto. Faça o que você achar que deva fazer com seu voto, mas o faça de modo consciente e responsável. Este agora é o momento de fazer escolhas, nem sempre são fáceis, nem sempre as melhores, mas sempre serão escolhas. Um direito seu de escolher e também de não escolher. Um direito seu...
Bom, depois... depois vem o acompanhamento, a cobrança, a fiscalização. Não dá pra ficar pagando o pato a vida inteira. Precisamos iniciar um longo processo de luta pela criação de mecanismo de controle e de fiscalização do nosso executivo e legislativo. Somente deste jeito é que poderemos fazer valer nossas escolhas. Façamos por merecer mais honestidade na administração pública de nossos recursos. E isso só será possível com a participação direta de cidadãos que podem escolher e fazer valer o que escolheu.
Vamos às urnas... e votemos de forma consciente e definitiva.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

 

INGRATIDÃO

 Phonteboa
 
Quanto tempo perdemos nos lamentando na vida:
Se faz sol, reclamamos que faz calor;
Se não faz sol, está muito frio.
Se chove, reclamamos da dificuldade de sair de casa
Se não chove, está muito seco.
Se estamos bem, procuramos algo para ter do que reclamar;
Se não temos saúde, não suportamos nossa cama.
E o tempo é o mesmo pra todos...

Não queremos morrer jovens,
mas não suportamos ficar velhos...
E enquanto reclamamos não vivemos
e se vivemos reclamando
a reclamação se transforma em hábito
e habita em nossas palavras.
e habita nossa vida
e nos transforma em ingratidão.

Mas insisto e quero viver cada dia
com sorrisos nos lábios
sinceros.
Saboreando cada tempo em seu tempo
Cada sentimento em sua condição própria
E sinto que o ar que respiro,
inspiro a vida presente no momento
no instante,
faço-me presente de mim mesmo.
para a vida dos outros.

E, mesmo que reclamem,
sou sorrisos e abraços.