Na semana passada publiquei
um texto denominado “Para não dizer que não falei das flores”. Uma referência à
canção de Geraldo Vandré, que se transformou símbolo de resistência na década
de 1970 frente à ditadura militar. Recordando um pouco o que foi dito no texto,
fiz uma reflexão sobre as diferenças existentes em cada pétala que compõem uma rosa.
A rosa, para ter sua unidade e unicidade, faz com que cada pétala acolha umas às
outras, se abracem em suas diferenças e respeitem essas diferenças. Esta seja,
talvez, uma das lições mais importantes da Rosa e podem nos servir de
inspiração para com as nossas relações do dia a dia com os outros (que são
pétalas únicas e diferentes). Caso queira ler este texto é só acessar o meu
blog (www.phonteboa.blogspot.com.br).
No
entanto, resolvi desenvolver um pouco mais sobre as flores e criei o Projeto
“Para não dizer que não falei das flores”. Este projeto tem como objetivo
apresentar uma série de textos referentes as mais diversas flores, buscando
conhecer não só a sua história, mas de modo particular o que elas nos trazem, a
nós humanos, de reflexão para o nosso dia a dia em nossos relacionamentos.
Afinal, nós humanos, somos os únicos capazes de fazer esta reflexão. Como eu já
disse da Rosa, ela foi a primeira a ser abordada neste Projeto. Hoje quero
falar da flor símbolo de nosso município: a orquídea.
Como
você já deve saber, há várias espécies de orquídeas, em suas diversas cores,
formatos, tamanhos: todas belas! Mas a orquídea símbolo de Itaúna é da espécie Cattleya Walkeriana. Esta orquídea tornou-se símbolo da cidade através da
lei nº 3.551, de 27 de junho de 2000, e a justificativa para esta instituição é
de que esta espécie é nativa em nossa região. Através desta lei, esta orquídea
será a referência representativa que poderá ser utilizada em documentos
oficiais, devendo, inclusive ser protegida e seu cultivo incentivado pelo poder
público. Nesta mesma lei ficou instituído que o dia 1º de maio (início do mês
de sua floração), será o dia da Cattleya
Walkeriana. Maiores informações sobre esta lei, acesse o portal da
prefeitura de Itaúna (www.itauna.mg.gov.br) e no menu “Município – Símbolo e
Hino” você terá acesso completo a esta lei.
Fazendo uma
pesquisa na internet, e como não pode deixar de ser, o Wikipédia diz o seguinte:
“Cattleya walkeriana foi
descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio São Francisco (MG). Seu nome
foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou
em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri
Lanka.”
Em
outra fonte (https://www.orquidarioimirim.com.br/orquideas/cattleya-walkeriana)
encontrei a seguinte descrição:
“Essa é uma das espécies do gênero Cattleya
que tem com certeza a mais acalourada parte da orquidofilia, as Cattleyas
walkerianas tem alto valor pela qualidade da flor e suas variedades, chegando a
valores bem elevados.
A Cattleya walkeriana, é uma espécie epífita
ou rupícola, apreciada em todo o Mundo, mas com especial atenção é o Japão um
dos maiores consumidores das plantas de alto padrão e qualidade, muito que se
tinha ou tem de qualidade é exportado para os colecionadores desse País, que
pagam alto valor conforme a variedade e qualidade.
Outro grande atrativo da espécie é também o perfume, muito agradável, enfim é uma planta para quem tem pouco espaço, quer variações em cores e perfume, é a Cattleya walkeriana, nativa em diversos estados, podemos dizer que não se é uma planta de difícil cultivo, é importante prestar atenção no desenvolvimento e descobrir seu cultivo, em seu local, em tempos atrás se praticavam coletas predatórias, exterminantes, Crime Ambiental, Crime à Natureza, Crime Contra Nós... hoje já não mais, muitos cruzamentos e meristemas de alta qualidade que se fez isso ser do passado, agora cabe reparar os erros.”
Outro grande atrativo da espécie é também o perfume, muito agradável, enfim é uma planta para quem tem pouco espaço, quer variações em cores e perfume, é a Cattleya walkeriana, nativa em diversos estados, podemos dizer que não se é uma planta de difícil cultivo, é importante prestar atenção no desenvolvimento e descobrir seu cultivo, em seu local, em tempos atrás se praticavam coletas predatórias, exterminantes, Crime Ambiental, Crime à Natureza, Crime Contra Nós... hoje já não mais, muitos cruzamentos e meristemas de alta qualidade que se fez isso ser do passado, agora cabe reparar os erros.”
Assim
cabe aqui algumas reflexões e desmistificações. Muita gente acredita que as
orquídeas são plantas parasitas. O que não é verdade. As orquídeas, geralmente
utilizam-se das árvores para apoio em sua busca de luz na quantidade necessária
e suficiente. Elas não se nutrem das árvores, elas se nutrem de materiais em
decomposição que caem das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes. Assim,
nem tudo é o que parece. As orquídeas parecem parasitas, mas não são. Se o
fossem seriam “ervas daninhas”. As orquídeas não sugam de suas bases de
sustentação o seu alimento, muito pelo contrário, nutrem-se do que já não mais
serve à arvore. Assim as orquídeas podem nos servirem de inspiração para estes
momentos de crise moral (nas mais diversas áreas) que estamos vivendo. Para
continuarem belas e saudáveis é preciso cuidar de sua base de sustentação,
apoiar nas árvores sem matá-la ou enfraquecê-las. Lembrem-se que algumas
espécies de “ervas daninhas” também dão flores e frutos... mas aos poucos eliminam
suas bases de sustentação e, antes de morrerem, atraem os pássaros ou outros
animais para migrarem-se para novos lugares. Quantos de nós somos orquídeas?
Quantos parecem orquídeas, mas são “ervas daninhas”? E que tal cultivar
orquídeas em cada árvore da Praça Dr. Augusto Gonçalves de Souza?! Assim, no
mês de maio, mês de Maria e das mães, teríamos a nossa flor símbolo a enfeitar
a nossa cidade!
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