Tenho sonhos...
Sou feito de sonhos.
Dê o nome que quiser.
Ao fechar meus olhos para sempre,
Os sonhos não são mais meus.
Mas hoje…
hoje quero a sonolência das palavras
para viver meus sonhos...
Phonteboa
Tenho sonhos...
Sou feito de sonhos.
Dê o nome que quiser.
Ao fechar meus olhos para sempre,
Os sonhos não são mais meus.
Mas hoje…
hoje quero a sonolência das palavras
para viver meus sonhos...
Phonteboa
Poesia não se explica, sente-se!
Um poema como modo de expressão permite que o poeta manifesta sentimentos ou mesmo emoções de forma lírica ou de modo inusitado. E para tanto ele - o poeta - encontra o seu jeito ou o seu estilo de dizer este sentimento ou esta emoção. E quase sempre ele - o poeta - o faz de modo misterioso, camuflado e criam situações incomuns, misteriosas que deixa o leitor desconcertado. Tira o leitor do "lugar comum" e o move para um estado de pensamento, ou imaginação a que chamamos de "encantamento". Este "encantamento poético" não é o objetivo final do poeta, mas geralmente é a forma que o poema e a poesia encontra o seu alvo. Por isso não dá para explicar a poesia. Podemos até fazer a análise estrutural de um poema, mas é só. Este é o limite. A poesia não. É inexplicável.
Outro aspecto interessante é a forma como o poeta manifesta sua poesia. Alguns preferem utilizar-se de estrofes, rimas e ritmos, outros, já de forma mais livre, jogam com as palavras, e outros manuseiam ideias de forma tão inusitadas que promovem ou forçam os leitores a interromper a leitura do poema antes mesmo de se chegar ao fim. Por isso a leitura ou saborear - pois para mim, poema não se lê, saboreia-se - exige do leitor treino, dedicação, e principalmente um estado de espírito aberto o suficiente para captar a poesia do poema e a poesia do poeta. É a poesia que quer comunicar-se. E, dentro da minha perspectiva, o leitor deve ser também um poeta, não um poeta que escreve, mas um poeta que Lê, que se encanta, que degusta, que está aberto à poesia. Nesta perspectiva a poesia não pertence ao poeta, não está presa no poema, e não pertence ao leitor, a poesia é espirito livre que circula e que comunica sentimentos, emoções, desejos, sonhos...
Para exemplificar escolhi dois poemas, de dois poetas incríveis e que muitos não tiveram a sorte de conhecê-los para apresentar aqui. Embora eu seja encantado com a poesia de Manoel de Barros, tenho a janela aberta para outros encantamentos.
DESEJO